Já que o mundo, com a sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem.

I corintios 1,21

quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Gentileza gera gentileza"... Sendo assim, respeito gera respeito

Começo esse post um pouco indignado, não pela diversidade de gostos, mas pela falta de educação dos organizadores e militantes da parada gay em São Paulo esse ano.


Além dos militantes se acharem no direito de que qualquer um que não apoia o movimento, seja um homofóbico, usam de termos e agressões sem precedentes.
Fiquei indignado quando ao ver o jornal, folders com pessoas vestidos como santos e com dizeres que nem Santos salva da AIDS, mas não gostaria de criar polêmica, mas ao receber um e-mail que descrevo abaixo, sinto na necessidade de mostrar que nos sentimos, como católicos, muito afetados e profundamente chateados com isso. Uma pessoa vestida fazendo alusão ao papa, com um cálice não mão e um camisinha fazendo alusão a Hóstia Sagrada.
Não entro no mérito se a igreja está certa ou errada em não entrar mais fundo na questão do uso da camisinha, mas como membro do corpo dessa igreja, sinto-me ofendido por essa agressão.
Sendo assim, se vocês que militam a favor do homossexualismo, não conseguem respeitar ritos e crenças de nós católicos, não podem no mesmo direito exigir respeito de nós. Pregamos o respeito a cultura, a religião, a doutrinas, mas daí apelar com esse ato insano é pedir demais.
Como membro de teatro, tanto cristão quanto secular, não acho que a falta de respeito desse militante vai ajudar para que as pessoas que não aceitam, e que tem o direito de expressarem suas opiniões, comece a respeitar pela pressão.
Só espero que as pessoas saibam lutar por aquilo que querem, sem precisar ultrapassar o limite, e sem desrespeitar essa ou aquela filosofia.
Abaixo, a matéria que me fez indignar com esse movimento e falta de respeito deles.
RESPEITO GERA RESPEITO....

“Quem apela para a Constituição para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros”

junho 29th, 2011


"É assim que os homossexuais militantes respeitam a “diversidade”: ridicularizando o Papa Bento XVI e a Eucaristia.

O portal de notícias da Globo, G1, reportou:

Fantasiado de “Bento 24″, José Roberto Fernandes, de 56 anos, conta que fez da parada [gay] oportunidade para um alerta. Entretanto, o figurino adotado certamente chocaria a comunidade católica. Nas mãos, levou um cálice que, além de fichas brancas que simbolizam hóstias, também possui preservativos. Por onde passava, provocava a atenção do público que o cercava para fotografá-lo.

“Faço um alerta à hipocrisia da Igreja Católica que proíbe a camisinha. Não é um protesto, mas uma homenagem e um alerta à igreja”, afirmou ele, que se disse católico praticante. Apesar da orientação da Igreja que proíbe homossexuais de comungar, José Roberto afirmou que participa da Eucaristia.

Vilipêndio religioso ainda é crime?

De acordo com o art. 208, do Código Penal, é crime vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.

Por muito menos, em abril deste ano, a Federação Brasileira de Umbanda entrou com um processo no Conar (Conselho Nacional de auto-Regulamentação Publicitária) contra a Renault.

Os umbandistas se ofenderam por causa do comercial de TV que mostrava mães de santo girando num salão de concessionária. A Federação também deu entrada no Ministério Público Federal com um pedido de inquérito por “uso indevido de símbolos religiosos”.

Dom Odílio Scherer, Arcebispo de São Paulo, se manifestou sobre esse e outros fatos. Leia abaixo.

Parada Gay: respeitar e ser respeitado

Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!

“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.

A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.

Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.

A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.

Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?

As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros."

Publicado em O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011

Card. Odilo P. Scherer Arcebispo de São Paulo

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"A Vergonha? - crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB

Muitos podem pensar que estamos nos preocupando com esse assassinato a verdadeira cultura, mas na verdade me vejo no direito de falar algo sobre esse negocio que já há algum tempo permeia nossa vidas. Até mesmo para as pessoas que não assistem esse treco, tem que conviver com essa aberração de programa. A seguir postarei uma cronica muito bem escrita por Luiz Fernando Veríssimo, ele que escreve sobre a vergonha desse programa no ano de 2010, creio eu sem saber que o que já era ruim, poderia ficar pior... e creiam, ficou pior!
Se Luiz Fernando Veríssimo escreve sobre o fiasco da cultura brasileira no ano de 2010, imagino o que está passando na cabeça dele nesse ano de 2011, vergonha pura...
Nós, GTTSM, como ministros de cultura, fazemos coro com essa carta tão bem escrita, e esperamos que algum dia as coisas, os pensamentos e até mesmo o senso critico retorne ao povo brasileiro, quando deixaremos de ter apenas o senso comum e engolir qualquer porcaria que que nos injeta goela abaixo.
Nada contra quem assiste, mas poderíamos tentar ser mais espertos, do que apenas "torcer" por algum anti-herói que nos são apresentados.
A seguir, a carta na integra dessa tão maravilhosa cronica de Luiz Fernando Veríssimo:

"A Vergonha? - crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB

"Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos.. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos heróis?, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadezaao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE. Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um zoológico humano divertido?Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os animais do zoológico? o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a ? não sou piranha mas não sou santa?, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!). Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados... Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia. Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo. O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o escolhido receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade."

Assim sendo espero de coração que essa aberração de programa seja eliminada de uma vez por todas do nosso convívio.